agosto 2014

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Olimpíada do Conhecimento prepara profissionais para trabalhar com construção industrializada

A construção industrializada é fator determinante para a modernização da construção civil e para o país enfrentar o déficit habitacional de mais de seis milhões de moradias, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Uma grande contribuição para a construção industrializada, além dos produtos pré-moldados na obra, são os sistemas Steel Framing e Wood Framing.

Por isso, entre as 58 ocupações que estarão em disputa na Olimpíada do Conhecimento 2014, a área de Construção e Edificações tem uma delas totalmente dedicada ao Sistema Drywall e Gesso. Esse sistema trata de uma verdadeira industrialização da construção civil, fato que seguramente irá abrir espaço para os estudantes do SENAI que disputarão uma colocação nessa ocupação, entre os dias 3 e 6 de setembro, em Belo Horizonte (MG).

Além do Sistema Drywall e Gesso, a área de Construção e Edificações terá disputadas nas profissões de Escultura em Pedra, Aplicação de Revestimentos Cerâmicos, Instalação Hidráulica e a Gás, Eletricidade Predial, Construção em Alvenaria, Pintura Decorativa, Marcenaria de Móveis, Marcenaria de Estruturas, Carpintaria de Telhados, Jardinagem e Paisagismo e Refrigeração e Ar-Condicionado.

Na área de drywall, algumas escolas do SENAI ainda estão se preparando para o sistema considerado novidade no Brasil, mas que vai abrir muitas vagas para profissionais.
Isso acontece, por exemplo, no SENAI de João Pessoa (PB). Segundo o instrutor de Formação Profissional do SENAI-PB, Josenildo Vieira, o sistema de construção com stell frame está se iniciando na Paraíba. E, como ainda não existe mão de obra especializada na região, ele considera esse segmento da construção civil como uma grande oportunidade para seus alunos.
“Quem fizer o curso de drywall no SENAI terá emprego garantido aqui em João Pessoa. Ainda não vamos levar nenhum competidor para a Olimpíada do Conhecimento deste ano. Mas, vamos nos preparar para a próxima, em 2016”, disse Vieira.

Na sua opinião, o drywall tem a vantagem da rapidez na obra, limpeza do canteiro de obras, e por sobrecarregar menos a estrutura da edificação. Explicou que os alunos do SENAI da Paraíba ficam até assustados com esse processo construtivo, e quando entendem como é realmente feito, começam a ganhar confiança.

“Nossa escola está fazendo parceria com um fabricante de drywall de nosso estado, para iniciarmos as aulas ainda este ano. O mercado está exigindo a formação desses profissionais”, informou Josenildo Vieira.

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Estudo “Brasil mais eficiente, país mais justo” da CBIC propõe novas práticas para o setor da construção

ShutterstockA Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apresentou na última terça-feira (19) o estudo “Brasil mais eficiente, país mais justo”, que discute ações sobre os temas mercado imobiliário, infraestrutura, inovação tecnológica, melhores empregos e sustentabilidade. O documento de 60 páginas também deve servir como diretriz para a entidade.

Como melhorias para a infraestrutura urbana, o estudo sugere ações como a realização de planejamento do zoneamento, integrando políticas de habitação, saneamento e mobilidade urbana; adaptação da legislação relacionada à revitalização de centros urbanos para aumentar a viabilidade de ocupações dessas regiões; e a formulação de parcerias com o setor privado para investimentos em mobilidade urbana.

Em relação ao mercado imobiliário brasileiro, a entidade sugere a criação de mecanismos que garantam a perenidade de programas de habitação, como o federal Minha Casa, Minha Vida; a implantação de melhorias de processos de cartórios e prefeituras para reduzir custos burocráticos; e a ampliação do trabalho social nos programas de redução de déficit habitacional.

Para a criação de melhores empregos, a sugestão da entidade é que sejam modernizadas as relações de trabalho com foco no aumento da produtividade; adequada a legislação de cotas para jovens aprendizes e deficientes no setor da construção civil; e definidas com mais clareza as características que configurem trabalho análogo ao escravo.

Já para o tema inovação tecnológica, a CBIC propõe a criação de um Fundo Setorial de Ciência e Tecnologia específico para a construção; o incentivo à tecnologia do Building Information Modeling (BIM); e a monitoração da qualidade de obras públicas para promover a premiação das que apresentarem melhor desempenho.

Por fim, para incentivar práticas sustentáveis na construção civil, a entidade propõe a consolidação da legislação ambiental por meio de diretrizes nacionais; a criação de política para compras públicas sustentáveis; e o incentivo à produção individual de energias renováveis.

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Grupo de Trabalho da Fiesp avalia avanços do BIM na indústria de construção brasileira

A indústria brasileira de construção civil precisa se reeducar para usar a tecnologia BIM [Building Information Modeling, equivalente a Modelagem da Informação da Construção], ou seja, a construção virtual de uma edificação. A opinião é do consultor Sergio Leusin.

O consultor foi um dos convidados da primeira reunião do  mais novo Grupo de Trabalho criado pelo Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Esse grupo vai tratar especificamente desse tipo de tecnologia que permite a construção virtual de edifícios em terceira dimensão, antes que eles sejam erguidos no plano real.

“Trata-se de um novo paradigma de processo de projeto. BIM é otimizar o projeto. Não vai mais existir a coisa de resolver na obra. A gente já vai ter resolvido na obra virtual. Uma das grandes vantagens do BIM é a previsibilidade que você dá para a execução da obra”, afirmou Leusin manhã desta sexta-feira (01/08).

No encontro, os integrantes do grupo e convidados ouviram uma análise comparativa de políticas públicas para implementação do BIM na União Europeia, apresentada pelo consultor Mohamad Kassen, da Comunidade Europeia. Já Leusin foi chamado para apresentar os avanços do Brasil no uso dessa tecnologia.

Para o consultor brasileiro, a falta de indicadores mais abrangentes sobre o setor da construção dificulta a difusão do BIM. Atualmente, o sistema é usado pela Petrobras e por construtoras JHFS e Odebrecht.

“Temos um problema que os dados relativos a construção são muito frágeis no Brasil, só existem pesquisas e levantamentos locais”, alertou.

Para o BIM ganhar corpo no Brasil, segundo ele, o setor da construção precisa cobrar políticas públicas, amparo na legislação e incentivar a formação de professores. Outra medida importante inserção da tecnologia na grade curricular dos cursos de engenharia e áreas relativas.

“Também precisamos definir indicadores de desempenho [do setor] e acompanhar esses resultados, fomentar pesquisa e da implantação de desenvolvimento de bibliotecas de produtos [recurso do BIM amplamente usado em países como a França, Reino Unido e Holanda].

Mohamed Kassen, consultor da Comunidade Europeia, apresentou os avanços da tecnologia BIM em alguns países-membros da UE.

No Reino Unido, por exemplo, todas as obras em edifícios públicos devem adotar a plataforma BIM até 2016. Na França, o governo decidiu em março deste ano que obras públicas também devem estar sob a metodologia BIM até 2017. Já a Holanda também reconhece o BIM como um serviço regular de informação sobre edificações.

Aos representantes do setor no Brasil, Kassen reconheceu que ainda falta infraestrutura tecnológica para a implementação da metodologia em alguns países, embora acredite na tecnologia como vetor de crescimento não só da construção mas da economia do país.

“A nossa mensagem é que o BIM cria valor e crescimento para todos os elos da cadeia da construção ao melhorar a qualidade das informações. E pode também contribuir para o desenvolvimento do seu mercado local e externo”, afirmou.

No início da primeira da reunião do grupo, o diretor e coordenador do Programa Compete Brasil, do Deconcic, Mário William Ésper, trouxe informações a Missão Estratégica sobre BIM na França, organizada  pela Fiesp que contou com representantes do setor da construção civil e do governo.

Segundo Ésper, os delegados visitaram indústrias e tiveram encontros com autoridades locais. Os brasileiros ainda se reuniram com representantes do Ministério de Ecologia, Desenvolvimento Sustentável, da Habitação e da Igualdade de Territórios da França.

“A França tem as mesmas dificuldades que o Brasil e o arranjo institucional que eles adotaram é muito interessante e compatível com a nossa cultura. Foi interessante para adiantarmos nossos passos na implementação do BIM no Brasil”, contou Ésper.

A reunião do GT contou com a presença do Chefe da Seção de Estudos e Projetos da Diretoria de Obras Militares do Exército, Ten. Cel. Washington Gultenberg Lüke, e do Chefe da Seção de Informática e Sistema Opus da Diretoria de Obras Militares do Exército, Cel. Alexandre Fitzner do Nascimento, que apresentaram o estágio do Desenvolvimento das Bibliotecas BIM.

Na ocasião também foi apresentado o “Guia de Materiais”, elaborado pela AsBEA – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, em parceria com o SindusCon-SP – Sindicato da Industria da Construção Civil do Estado de São Paulo, o Secovi-SP – Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Adm. de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo, e a ABRAMAT – Associação Brasileira da Industria de Materiais de Construção, a Apresentação foi feita pela Diretora e Coordenadora do GT de Sustentabilidade da AsBEA – Milene Abla Scala.

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Construção civil também faz reciclagem

Quatro mil toneladas de resíduos da construção civil (RCC) são produzidos diariamente no Grande Recife. Tijolos, cimento, areia, gesso, madeira, ferro, papel são alguns dos insumos que podem ser reciclados e voltar ao canteiro de obras. Faz bem ao meio ambiente, reduz os custos das construtoras, e os gastos das prefeituras. Mas apesar das exigências da nova lei de resíduos sólidos, apenas 10% do lixo produzido nas construções é reaproveitado. Estudos do grupo de pesquisa de Engenharia Aplicada ao Meio Ambiente da Universidade de Pernambuco (UPE-Poli) comprovam que o gerenciamento e a reciclagem dos resíduos da construção podem até gerar energia para abastecer os domicílios.

Uma linha de pesquisa da UPE usa o RCC como material de aterro e compactação. O professor Alexandre Duarte Gusmão, um dos coordenadores do grupo, cita o exemplo da construção de um shopping na Região Metropolitana do Recife, que utilizou resíduos reciclados para fazer a pavimentação das áreas internas. Uma economia de R$ 4 milhões com material. Gusmão estima que uma edificação de 20 andares com 8 mil metros quadrados de área construída vai gastar cerca de R$ 70 mil com o gerenciamento de resíduos. “Se não fizer a segregação e a destinação correta o custo será maior, porque aumenta o desperdício.”

Outra pesquisa da UPE-Poli testa em laboratório os resíduos de construção para produzir energia. Segundo Gusmão, um volume de 3 mil a 4 mil toneladas de resíduos/dia, sendo 20 toneladas de madeira, tem o potencial de gerar energia para 50 residências. O próximo teste será numa usina experimental, a partir de agregados reciclados da construção, incluindo sacos de celulose. A nova fonte é bem-vinda diante da crise do setor energético.

Um dos entraves para o gerenciamento e o reaproveitamento de RCC é a falta de controle dos pequenos geradores. São as construções informais que geram cerca de 70% dos resíduos das cidades. Por falta de fiscalização, os restos de material da construção acabam sendo descartados nas ruas, nos canais, e à beira das rodovias. Outro empecilho: Existem apenas três unidades de gerenciamento de resíduos no Grande Recife.

Uma delas, a Ciclo Ambiental, fica no município de Camaragibe. A empresa recebe, em média, 10 mil toneladas/mês de material. Os resíduos são tratados para tirar as impurezas e depois reciclados. “Produzimos areia e brita e colocamos à venda para as construtoras. Em média vendemos 15 mil toneladas por mês de material reciclado”, diz Marlon Pereira Bezerra de Melo, gerente financeiro da empresa.

As construtoras tiveram que se enquadrar antes da nova política nacional de resíduos sólidos (PNRS) entrar em vigor. Desde 2007, a  Resolução nº 307 do Conama obriga os geradores de resíduos de construção a adotarem um plano de gerenciamento e a destinarem corretamente o lixo da obra. Uma exigência para as prefeituras liberarem o Habite-se das edificações. Algumas empresas adotaram o modelo proposto pela engenheira Thalita Cristina Rodrigues Silva, que ensina como separar os materiais (recicláveis e não-recicláveis).

Ela aplicou em 13 canteiros de obras na RMR o seu projeto de conclusão de mestrado na UPE/Poli. “O resultado foi um sucesso. Algumas empresas replicaram o modelo em outras obras”, diz.  Com o projeto, Thalita foi vitoriosa do prêmio Odebrecht de Desenvolvimento Sustentável de 2008. Uma das construtoras, a AC Cruz, adotou o plano de gerenciamento de resíduos, com algumas adaptações.

O engenheiro Cristovão Lemos, que gerencia uma das obras da empresa no Rosarinho, comprova as vantagens do tratamento correto dos resíduos. “Reduz os custos da obra porque otimizamos o uso do material. Economizamos com o transporte de resíduos para o aterro sanitário.” O pedreiro Josedec Rocha, 26 anos, está na empresa há quatro anos e aprova a separação dos resíduos.  “Acho um grande avanço para o trabalhador e para a obra. Uma obra mais limpa é mais segura”, ensina.

Serapião Bispo, diretor do Sinduscon e coordenador do Fórum de Construção Sustentável de Pernambuco, diz que as construtoras associadas ao sindicato e à Ademi estão adequadas às novas práticas de gerenciamento de resíduos. A redução de custos é um dos atrativos. Ele cita a obra do shopping Reserva Camará, em Camaragibe. Lá foram economizados até agosto deste ano quase R$ 800 mil com o reaproveitamento dos resíduos de demolição. “Lixo é dinheiro em qualquer parte do mundo, menos no Brasil.”

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Grupo de Trabalho sobre Construção Industrializada do Programa Compete Brasil convidou especialistas para o debate

O Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) realizou mais uma reunião do Grupo de Trabalho sobre Construção Industrializada do Programa Compete Brasil nesta terça-feira (15/07), trazendo como assuntos principais a coordenação modular e a contratação de obras com os sistemas construtivos industrializados. A coordenação do encontro foi feita pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover.

O consultor Sérgio Leusin falou sobre a coordenação modular, com destaque para a NBR 15.873:2010. “A coordenação modular é a base para a industrialização da construção em um padrão aberto. E só a industrialização viabiliza o atendimento das necessidades de habitação do País”, defendeu.

Para Leusin, todas as normas da área da construção devem seguir essa orientação de coordenação modular. “O objetivo principal da norma é a compatibilidade dimensional entre elementos construtivos do projeto e componentes aplicados. Desse modo, conseguimos ampliar a operação entre agentes, racionalizar as medidas de fabricação, simplificar processos no canteiro de obras e aumentar o intercâmbio dos componentes construtivos.”

Apresentando sua experiência na Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), o assessor executivo da Diretoria de Assuntos Jurídicos e de Regularização Fundiária Cassiano Quevedo de Ávila falou dos entraves na utilização dos sistemas construtivos industrializados.

“Na questão do custo, o sistema construtivo é mais caro, mas compensa porque reduz prazo e considera as questões ambientais, mas o poder público em geral, não tem capacidade de mensurar isso. Também há uma resistência do mercado, que busca manter as construções em alvenaria convencional”, disse Ávila, que também citou a capacitação e as dificuldades com as licitações.

“É preciso trazer elementos técnicos que auxiliem o poder público na contratação e conscientizar o mercado da importância dessa tecnologia porque ainda há uma resistência da população”, concluiu.

As apresentações realizadas na reunião estão disponíveis no acervo digital do Observatório da Construção.

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Custo da construção em São Paulo encarece 0,59% em julho, diz SindusCon-SP

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil do Estado de São Paulo subiu 0,59% em julho em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O valor é relativo às obras não incluídas na desoneração da folha de pagamento.

Os custos com mão de obra tiveram 0,62% no mês, enquanto as despesas com materiais de construção registraram elevação de 0,58%. O valor da construção por metro quadrado, portanto, ficou em R$ 1.161,99 em julho contra R$ 1.155,23 do mês anterior. Em 2014, o CUB paulista acumula alta de 5,68% e, em 12 meses, o avanço é de 6,32%.

CUB desonerado

Em relação às obras incluídas na desoneração da folha de pagamento, em julho os custos com mão de obra ficaram 0,62% mais caros, e as despesas com materiais de construção aumentaram 0,58%. Assim, o CUB desonerado registrou variação de 0,58% e ficou em R$ 1.080,79 por metro quadrado. O índice aumentou 5,54% no acumulado do ano.

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Alta do Sinapi fica praticamente estável em julho, segundo o IBGE

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou em julho variação de 0,58%, ficando próximo da taxa de junho, quando registrou alta de 0,59%. Em julho de 2013, já com a aplicação da desoneração da folha de pagamento, o índice foi de -6,15%. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Caixa Econômica Federal.

No acumulado de janeiro a julho, o Sinapi tem crescimento de 4,28%. Já o indicador dos últimos doze meses situou-se em 7,29%. Quando não considerada a desoneração da folha de pagamento, o acumulado do ano situa-se em 4,34% e o dos últimos doze meses, em 7,36%.

O custo nacional da construção por metro quadrado, que em junho fechou em R$ 891,73, passou para R$ 896,88, sendo R$ 490,65 relativos aos materiais e R$ 406,23 à mão de obra. Sem considerar a desoneração da folha de pagamento, o custo do metro quadrado fechou julho em R$ 959,35, sendo que R$ 490,73 refere-se aos materiais e R$ 468,62 à mão de obra.

A região Sul apresentou a maior variação do Sinapi em julho, com taxa de 1,41%. Os demais resultados foram: Norte (0,47%); Sudeste (0,23%); Nordeste (0,52%) e Centro-Oeste (1,23%). Assim, os custos regionais por metro quadrado ficaram em: R$ 899,15 na região Norte; R$ 835,95 na Nordeste; R$ 942,18 na Sudeste; R$ 980,65 na Sul e R$ 899,82 na Centro-Oeste.

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Por que a mão de obra ainda emperra a construção civil?

São Paulo – Atrasos, baixa qualidade, falhas de projeto… quem já fez uma reforma ou acompanha o mercado imobiliário sabe dos obstáculos enfrentados pela construção civil brasileira.

E como ela é intensiva em mão de obra, muitas vezes recai sobre os trabalhadores a responsabilidade pelos problemas do setor – que apesar de estar perdendo o fôlego, ainda é responsável por 8% do total de ocupados no país.

Uma das questões é justamente essa: o apetite por trabalhadores significou uma enxurrada de novatos.

Hugo Rosa, presidente da Método Engenharia, nota que a taxa de trabalhadores com menos de um ano de experiência no setor chegou a atingir 50% recentemente, o que ajudou a baixar a produtividade.

Em pesquisa recente da EY com empresas de capital aberto da construção, a qualificação de mão de obra foi citada por 78% como uma das lacunas da produtividade nos últimos dois anos.

O mesmo número de empresários cita o treinamento como uma das medidas sendo tomadas para resolver o problema. Ana Estela, pesquisadora do IBRE-FGV, diz que as construtoras tem um horizonte longo e foram pegas de surpresa pelo boom do país:

“Até 2005, não havia uma perspectiva sustentável de crescimento, então elas não investiam em treinamento e formação, o que passaram a fazer. Mas o resultado demora para aparecer”.

Ela nota que não só as empresas, mas sindicatos e cursos técnicos do governo estão contribuindo com o processo, assim como o aumento de salários, que ajuda a atrair um novo tipo de profissional. Com o tempo, isso deve mudar o perfil da mão de obra.

Artesanal X industrial

Para Rosa, o baixo nível técnico e educacional do brasileiro é uma queixa generalizada dos empresários de todos os setores, mas está longe de ser o principal problema: “você vai para os Estados Unidos e vê muitos trabalhadores que vem da América Latina, inclusive do Brasil, e os mesmos que tem aqui uma baixa produtividade tem uma alta produtividade lá.”

A chave para entender o problema são os itens que figuram no topo da lista da mesma pesquisa da EY: melhoria de projetos, de gestão e de métodos.

Moral da história: vai ser difícil (e insuficiente) qualificar o trabalhador até que o método de construção deixe se ser basicamente artesanal, como é hoje.

“A questão não é qualificar o trabalhador para o que é feito hoje, e sim passar para um processo industrializado, com menor dependência desse artesanato, onde cada serviço tem uma caractéristica diferente. Quando você tem o trabalhador em um ambiente industrial, aí sim você pode qualificar pra valer”, diz Rosa.

Os incentivos, hoje, vão muitas vezes contra esse processo. Ana cita um exemplo simples: um bloco que é feito na obra tem uma tributação específica; já um bloco que vem de fora custa mais caro, pois está sujeito ao ICMS.

Ela diz que outra dificuldade é que um novo processo produtivo exigiria uma mudança da própria mentalidade, o que afeta as duas pontas: do operário ao empresário.

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Expectativas Declinantes

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Nova Parceria entre empresas públicas e privadas para controle de resíduos

Em estudo desde 2012, o Sistema de Gerenciamento Online de Resíduos (SIGOR) – módulo Construção Civil começou a ser testado em dezembro de 2013. O projeto é fruto de parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP).

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