outubro 2014

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BNDES lançará fundo de investimento para obras de infraestrutura em 2015

O novo fundo de debêntures de infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que deve ter recursos entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão, será lançado em 2015, de acordo com o Departamento de Energias Alternativas do banco.

O objetivo do fundo é atrair investidores pessoa-física para financiamento de projetos nacionais de infraestrutura, já que a Lei 12.341 institui que este tipo de investidor é isento do pagamento de Imposto de Renda (IR) ao investir nos títulos.

A expectativa é de que o BNDES obtenha uma carteira diversificada, que inclua diversos setores de infraestrutura, com debêntures de vários perfis e prazos de amortização. Inicialmente, o lançamento do fundo estava previsto para o segundo semestre de 2014.

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Fique atento: Segurança do Trabalho na Construção Civil

A Indústria da Construção Civil é uma atividade econômica que envolve tradicionais estruturas sociais, culturais e políticas. É nacionalmente caracterizada por apresentar um elevado índice de acidentes de trabalho, e está em segundo lugar na freqüência de acidentes registrados em todo o país. Esse perfil pode ser traduzido como gerador de inúmeras perdas de recursos humanos e financeiros no setor.

Os acidentes de trabalho têm sido freqüentemente associados a patrões negligentes que oferecem condições de trabalho inseguras e a empregados displicentes que cometem atos inseguros. No entanto, sabe-se que as causas dos acidentes de trabalho, normalmente, não correspondem a essa associação, mas sim às condições ambientais a que estão expostos os trabalhadores e ao seu aspecto psicológico, envolvendo fatores humanos, e sinistros.

Normas e Regulamentos

A segurança e a saúde do trabalho na área da construção civil baseiam-se em normas regulamentadoras descritas na Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Entre essas normas, a NR-18 estabelece diretrizes administrativas, de planejamento e de organização para implementar medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção, além de determinar a elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (Pcmat).

A elaboração e o cumprimento do Pcmat são obrigatórios em estabelecimentos com 20 ou mais trabalhadores. As empresas que possuem menos de 20 trabalhadores ficam obrigadas a elaborar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (Pcmat):

Em ambientes coletivos de canteiro de obras, a NR 18 determina alguns itens que devem ser respeitados para garantir boas condições de trabalho para os funcionários, como Banheiros; Vestiários; Refeições;

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA):

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve conter alguns aspectos da Norma Regulamentadora (NR-4, NR-5, NR-6, NR-7 e NR-9).

·     NR-4: rege os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

·     NR-5: diz respeito à criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, CIPA, para segurança e saúde do trabalhador no ambiente de trabalho. Todas as empresas que possuam empregados com atividades em um canteiro de obras devem possuir CIPA.A comissão CIPA pode ser formada de várias maneiras. São elas:

- CIPA centralizada: quando a empresa possui num mesmo município um ou mais canteiros de obras ou frentes de trabalho com menos de setenta empregados.

- CIPA por canteiro: quando a empresa possui um ou mais canteiros ou frentes de trabalho com setenta ou mais empregados.

- CIPA provisória: para o caso de canteiro cuja duração de atividades com menos de 180 dias

·  NR-6: dita sobre Equipamentos de Proteção Individual, sua importância para neutralizar possíveis acidentes contra o corpo do trabalhador, evitar lesões ou minimiza a gravidade delas, além de proteger o corpo contra os efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou agressivas, que causam doenças ocupacionais.

 ·  NR-7: diz respeito ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que torna obrigatório a elaboração e implementação de Programa de Controle, por parte de todos os empregadores e instituições, para promoção e preservação da saúde dos trabalhadores.

 ·    NR-9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, que busca a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais (agentes físicos, químicos e biológicos) do ambiente de trabalho.

Dados Alarmantes

Na Indústria da Construção ocorre alta incidência de acidentes de trabalho e particularmente dos acidentes graves e fatais. No Brasil, mantém elevados índices de ocorrências, perdendo apenas para o setor rural.

O número de acidentes de trabalho em todo o país cresceu entre 2004 e 2006, passando de 465.700 para 503.890. Os dados referentes à construção civil ficaram nesse mesmo período, em 28.875 e 31.529, respectivamente. O percentual de acidentes no setor para os dois anos é o mesmo, 6,2%. Em 2005, de um total de 499.680 ocorrências no Brasil, 29.228 (5,8%) foram na construção civil. No mundo inteiro, a maior causa de acidentes fatais na construção é a queda de trabalhadores e também de material sobre os funcionários. O segundo fator são os choques elétricos e o terceiro, soterramentos.

Apesar de as estatísticas nos mostrarem indicadores úteis para a avaliação do estado atual dos acidentes e mortes por trabalho, o seu valor é por vezes relativo. É necessário, sem dúvida, inspecionar e processar quem não cumpre a legislação vigente, mas é também necessário prevenir e informar – levar a cabo algum tipo de ação punitiva sem que tenha havido uma prevenção ou (in)formação prévia leva a que haja maior número de infrações, o que se revela ainda mais penalizador para as empresas e, também, para os próprios trabalhadores. Mas a responsabilidade não é apenas dos empregadores, passa também pelos trabalhadores, pelo Governo e pelos parceiros sociais. Os empregadores deveriam garantir boas condições de trabalho a todos os seus colaboradores, cumprindo a legislação em vigor, formando os trabalhadores e colocando à sua disposição os equipamentos e meios necessários para que pudessem desempenhar as suas funções em segurança. Os próprios trabalhadores, ao não terem essas boas condições de trabalho deveriam exigi-las, tarefa em que os parceiros sociais os deveriam auxiliar.

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Sinduscon: custo da construção atinge R$ 1.167 por m²

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil do Estado de São Paulo atingiu R$ 1.167,54 por metro quadrado em setembro, 0,01% maior do que em agosto. O valor foi calculado sobre as obras não incluídas na desoneração da folha de pagamentos. A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira, 01, é realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos das construtoras para a utilização nos reajustes dos contratos de obras.

Em setembro, os custos com mão-de-obra ficaram estáveis em relação ao mês anterior, enquanto os custos com materiais de construção apresentaram retração de 0,08% e os salários dos engenheiros tiveram aumento de 1,25%. No acumulado de janeiro a setembro de 2014, o CUB teve alta de 6,18% ante o mesmo período do ano passado. Em 12 meses, o indicador apresenta avanço de 6,52%.

Já o CUB considerando as obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos apresentou estabilidade em setembro ante agosto, totalizando R$ 1.085,98 por metro quadrado. Os custos com mão-de-obra indicaram estabilidade, os custos com materiais de construção recuaram 0,08%, enquanto os salários dos engenheiros subiram 1,25%. No acumulado de 2014, o índice aumentou 6,05%.

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Argentina anuncia a construção do maior arranha-céu da América Latina

Em rede oficial a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, divulgou a proposta escolhida para a torre Polo Cinematográfico y de Contenidos Audiovisuales, que será construída na região de Isla Demarchi, ao sul de Puerto Madero em Buenos Aires.

Das cinco propostas que participaram do concurso, o escritório MRA+A Álvarez | Bernabó | Sabatini foi premiado pelo projeto de um arranha-céu de 335 metros de altura, 67 pavimentos e 216.000 m², destinados à produção audiovisual e cultural, além de abrigar programas gastronômicos e um hotel nos 13 últimos pavimentos. Quando concluído o edifício será a torre mais alta da América Latina, superando a torre Gran Santiago (300 metros) em Santiago, Chile, e o projeto em desenvolvimento da Torre Insignia (330 metros) em Monterrey, México.

 Mais detalhes sobre o arranha-céu, a seguir.

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Proposta vencedora. Imagem © Fan Page de Cristina Fernández de Kirchner

Conceitualmente o projeto do edifício é, segundo o memorial oficial, “sintetizado morfologicamente como uma abstração geométrica que representa a Argentina”. Assim, a Argentina continental será representada pela Torre Polo Audiovisual, a Terra do Fogo é simbolizada pela futura Estação e Terminal Fluvial e as Ilhas Malvinas pela Arena, um estádio multiuso de 13.000 m² com capacidade para 15 mil pessoas.

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Conceitualização. Imagem © Fan Page de Cristina Fernández de Kirchner

Os 216.000 m² projetados se distribuem entre programas industriais (estúdios de cinema e televisão, escritórios, áreas de arquivo, oficinas, depósitos e cenários), educativos (instituições educacionais e de formação e o Museo de la Historia de las Artes Audiovisuales Argentinas), institucionais (Instituto Nacional de Cinematografía y Artes Visuales -NCAAA-) e privados (escritórios de produtoras, estúdios de produção, escritórios de canais privados).

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Proposta vencedora. Imagem © Fan Page de Cristina Fernández de Kirchner

Além disso, o masterplan da Torre Polo Audiovisual Isla Demarchi propõe unificar as áreas verdes do bairro de Puerto Madero na capital argentina, criando um novo eixo verde através da relocação de galpões industriais e edifícios em desuso.

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Proposta de integração urbana em Puerto Madero. Imagem © Fan Page de Cristina Fernández de Kirchner

A ser realizado em quatro etapas, o projeto será financiado pelo Estado Argentino em parceria com a empresa Riva SA. A construção começará no final de 2014 e a inauguração do edifício está prevista para 2018.

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